segunda-feira, 17 de setembro de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

A roupa renegada

Penso em fomas imperfeitas, volumes e texturas.

Vejo uma imagem desconstruída, com sobras e excessos, que pode em sua estranheza tornar-se algo precioso.

A imagem vira roupa. Roupa que nasce com peso, triste, como se já soubesse que a busca por um corpo que aceite habitá-la não será fácil. Para corpos que querem ser vistos, desejados e aceitos, carregá-la será um sacrifício.

Mas a busca continua, e durante o embate entre a roupa e o corpo, a roupa cansada de se defender desiste. E nesse momento o fracasso se transforma em poesia e a roupa renegada não busca mais um corpo, deseja ser encontrada e aceita em sua mais pura beleza e deformidade.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

"Queremos lhe oferecer um pouco de possível"

Michel Foucault questionava: "Por que relacionamos a arte com objetos e não com a vida e suas personagens?".

Uma boa questão convida, incita e perturba. Sugere reflexões e novas perguntas, que respondem mais do que certezas e definições.

Por que para nós é tão difícil interpretar objetos que refletem nossa própria existência?

De onde vêm as idéias?

Existem fontes de inspiração ou olhares inspirados?

De onde nasce o novo?

Que forma assume?

Existe apenas um caminho para o processo criativo?

Ainda existem criadores ou as melhores idéias partem de sucedidas interpretações do que já foi feito?

A interpretação pode superar a inspiração?

O que é arte?

Objetos ou experiências estéticas?

Será que a arte está no olhar de quem a vê?

Onde se escondem as singularidades?

Como conduzir o olhar do expectador de forma a interpretar corretamente as simbologias do objeto?

Existe interpretação definitiva na arte?

Vale mais quem confunde mais?

Impossível é parar de questionar.

O que é possível?

Imaginar.

Responder e ampliar questões são parte da proposta do Duo Idea.

Queremos várias visões, várias versões, multiplicar para expandir e, quem sabe, confundir.